segunda-feira, 14 de julho de 2014

O modelo dos modelos-Relações com o AEE


Por que olhar por partes, sem antes compreender o todo? Porque enxergar a deficiência, antes mesmo de saber mais sobre aqueles que não andam, não enxergam ou não ouvem? Porque apontar o que o outro não pode fazer, antes de perguntar o que ele tem a oferecer? O texto O modelo dos modelos de Italo de Calvino nos traz a reflexão de que pode-se ir muito além dos modelos que existem, pois cada estudante é único mesmo que apresente a mesma deficiência suas particularidades devem ser respeitadas e assim é necessário que se busque alternativas que favoreçam o mesmo no  AEE. Assim como no texto vimos que Palomar mudou sua regra e percebeu que seu desejo era que tivesse uma grande quantidade de modelos relacionamos com o AEE pois muitas vezes o que aplicamos a um estudante não necessariamente foca no potencial do outro,deve ser levada em consideração sua realidade tendo em vista que ocorrendo qualidade nesses atendimentos barreiras serão minimizadas, seu processo de desenvolvimento será cada vez mais melhorado.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Recursos de baixa tecnologia como ferramentas no desenvolvimento do Autista


O sentimento é tão profundo, que faltam palavras para expressá-lo. Há raiva, carinho, tédio, mas falta de habilidade em comunicar. Resultado: uma imersão cada vez maior na realidade interna e um descolamento do que acontece em volta. Simplificando, é esse o círculo que envolve as crianças que nascem com autismo.
Para que consigamos fazer com que a haja uma minimização nessa dificuldade faz se necessário utilizar a comunicação alternativa e pode se usar recursos de baixa tecnologia para alcançar esse objetivo que é o da comunicação. Podemos usar o LPV(Livro de Pistas Visuais),o mesmo é confeccionado a partir de fotos individualizadas para cada criança,fotos dos alimentos e objetos reais de sua rotina. Estas imagens devem ser plastificadas e coladas em uma pasta que, após o treino oficial,a criança poderá levar consigo para todo lugar,possibilitando que ela se comunique com qualquer pessoa.



O treino da comunicação por pistas visuais começa com uma foto apenas e, depois, aumenta-se o número de fotos gradualmente. Durante o treino a estimulação antecedente deve ser limpa e objetiva (Tentativas Discretas) e, aos poucos, passará a reproduzir um contexto mais natural. A resposta a ser ensinada é a de selecionar uma foto e entregá-la ou mostrá-la para um ouvinte. As dicas vão sendo retiradas gradualmente, ou seja, começamos com uma dica mais intrusiva (pegar na mão da criança e descolar e entregar ou apontar a foto junto com ela) e passamos gradualmente para dicas mais leves (só direcionar a mão da criança para a foto ou apenas apontar a foto que a criança deve pegar).

Um passo importante do treino e do uso da comunicação por pistas visuais consiste em o aplicador nomear a foto selecionada para a criança repetir. Isso deve ser feito em todas as tentativas, desde o treino, visando aumentar as chances de a criança verbalizar mais e, com o tempo, podermos retirar a comunicação por fotos substituindo-a pela fala.

Deve-se treinar, com a troca de imagens, os principais operantes verbais: Ecoico – pegar a imagem que corresponde à fala do outro; Tato – pegar a imagem que descreve um estímulo do ambiente ou um evento; Mando– pegar a imagem do que se quer pedir; Intraverbal – pegar a imagem que responde a uma pergunta, completa uma frase, ou dá continuidade a um diálogo. Aos poucos, vamos aumentando a complexidade da comunicação por troca de imagens. Pode-se treinar o tato de sentimentos e ações; o relato de eventos passados; a construção de frases; etc.

Sugere-se que o treino comece pelo mando (pedidos), já que o reforçamento deste operante verbal é específico e, portanto, mais eficaz na instalação de uma nova resposta. Para o treino de mando o aplicador deve apresentar uma foto na mesa ou pregada com velcro na pasta de comunicação e mostrar o item de interesse da criança. Quando a criança tentar pegar este item o aplicador deve bloquear esta resposta e já direcionar a mão da criança para a foto, dando a ajuda necessária para ela descolar a foto da pasta e entregar para o aplicador. Então, o aplicador dá o modelo vocal do nome deste item e dá oportunidade para a criança repetir este som. Mesmo que a criança não repita o som ela deve ter acesso ao item pedido, para reforçarmos o pedido pela troca da foto. 
O recurso se destina a estudantes com autismo e pode ser iniciado o mais cedo possível. O mesmo pode ser utilizado em vários ambientes como já foi citado acima.




domingo, 20 de abril de 2014

Diferenças entre Surdocegueira e Deficiência Múltipla

A surdocegueira refere-se às pessoas que tem perda visual e auditiva concomitante variando assim em diferentes graus, a mesma é considerada como uma deficiência única e pode ser congênita ou adquirida.
Já a Deficiência Múltipla está na associação de duas ou mais deficiências. Pode ocorrer a mesma nas formas:
v  Física e Psíquica;
v  Sensorial e Psíquica;
v  Sensorial e Física;
v  Física, Sensorial e Psíquica.
Portanto a diferença nas definições é que a surdocegueira é uma deficiência única e a Deficiência Múltipla é a associação de duas ou mais deficiências.
Os estudantes que apresentam tanto a surdocegueira quanto a deficiência Múltipla tem suas necessidades básicas diferentes, pois as limitações e potencialidades variam muito de um para o outro. A comunicação é uma das principais necessidades de ambas as partes é imprescindível que se busque métodos para que a mesma ocorra e que o estudante possa ser compreendido e compreender,participar do mundo a sua volta.O conhecimento de mundo de uma pessoa surdacega se dá através do uso dos canais sensoriais como o tato, o olfato e o paladar.E na construção do mesmo podemos citar o uso do tato como imprescindível (se a pessoa não apresentar  grave comprometimento motor)pois é atraves dele que se pode trabalhar a LIBRAS Tátil, e também o toque em partes do corpo como o rosto que expressam como somos fisicamente.
Várias estratégias podem ser utilizadas na aquisição da comunicação em ambas as deficiências, pois segundo Serpa (2002) os sistemas de comunicação são diversos, é importante que busque a melhor forma de mediar essa comunicação através de um planejamento adequado para que os mesmos se expressem de uma maneira que suas necessidades, opiniões, sejam vistas, sentidas e ouvidas.

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).

SERPA. Ximena. Comunicação para pessoas surdocegas. Colômbia, 2002.

domingo, 16 de março de 2014

Educação Escolar para pessoas com Surdez
Atendimento Educacional Especializado


Numa sociedade moderna, onde muitos conceitos já estão pré-concebidos, torna-se necessário reavaliar alguns métodos e estratégias de ensino-aprendizagem, tendo em vista a  necessidade de dar segurança e solidez a docência da pessoa com surdez, seja na escola pública ou privada.
            O individuo com surdez, não tem seu potencial reduzido, o que significa dizer que o mesmo tem capacidade de pensar, escrever e lidar com as situações do cotidiano, em outras palavras, apesar de sua limitação sensorial auditiva, o mesmo tem condições de desenvolver com esmero suas potencialidades.
            O problema da educação das pessoas com surdez não deve esta focado em uma só língua, mas sim na qualidade que essas práticas pedagógicas precisam ter dentro de ambientes ricos para favorecer os desafios que podem vir e ainda estimulando assim o seu pensamento. Uma prática inclusiva para os mesmos deve ser repensada onde o seu potencial precisa ser visto e valorizado.
O Atendimento Educacional Especializado da PS tem como objetivo visar as potencialidades e capacidades desses estudantes onde são vistos como seres pensantes que agem e interagem no ambiente ao qual estão inseridos. De acordo com Damázio é preciso levar o aluno aprender a aprender através de uma metodologia que podemos chamar de vivencial. A compreensão da mesma se dá através de uma abordagem bilíngüe onde são favorecidas condições especiais de aprendizagem onde a LIBRAS e a Língua Portuguesa na modalidade escrita andam juntas.
 Como nos orienta Damázio o AEE deve ser organizado em três momentos: AEE em LIBRAS, AEE para o ensino da LIBRAS e  AEE para o ensino da Língua Portuguesa onde a inclusão é vista como um todo onde o estudante é valorizado e instigado a participar de um mundo que abrace o mesmo respeitando suas diferenças e qualidades.
O AEE OS em LIBRAS é feito diariamente em horário contra turno ao da sala de aula comum nele é visto os conteúdos antes de serem repassado para os mesmos nas salas, se faz necessário o uso de recursos visuais e o teatro também é utilizado para conteúdos abstratos.
No AEE para o ensino da LIBRAS é feito um diagnostico para ver que nível o estudante se encontra  na aquisição da LIBRAS e são repassados os termos científicos, esse atendimento é feito por um professor ou instrutor de LIBRAS de preferência surdo.
E por último temos o AEE para o ensino de Língua Portuguesa que é feito por um professor que seja licenciado para a disciplina onde será visto as especificidades da língua estudada.

Referência Bibliográfica:
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-         Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p. 46-57.





            

domingo, 1 de dezembro de 2013

Audiodescrição


A audiodescrição é um recurso de tecnologia assistiva que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual junto ao público de produtos audiovisuais. O recurso consiste na tradução de imagens em palavras. É, portanto, também definido como um modo de tradução audiovisual intersemiótico, onde o signo visual é transposto para o signo verbal. Essa transposição caracteriza-se pela descrição objetiva de imagens que, paralelamente e em conjunto com as falas originais, permite a compreensão integral da narrativa audiovisual. Como o próprio nome diz, um conteúdo audiovisual é formado pelo som e pela imagem, que se completam. A audiodescrição vem então preencher uma lacuna para o público deficiente visual. A audiodescrição acontece ao mesmo tempo em que a imagem aparece na tela, entre o conteúdo verbal ou as falas do produto audiovisual, e em sincronia com outras informações sonoras deste produto, ou seja, uma risada, uma porta batendo ou um tiro. Desta forma, a audiodescrição não se sobrepõe ao conteúdo sonoro principal do filme, mas trabalha com ele no sentido de proporcionar o melhor entendimento possível de uma cena. A audiodescrição pode ser pré-gravada, ao vivo ou simultânea. A AD pré-gravada exige um roteiro detalhado para que seja gravado em estúdio e mixado à banda de áudio do produto audiovisual. Geralmente, a AD pré-gravada é aquela que podemos encontrar nas salas de cinema e em alguns programas de televisão. Já a AD ao vivo, como o próprio nome diz, acontece in loco, ou seja, ela não é gravada, mas narrada no momento em que o produto audiovisual está sendo apresentado. Ela é usada em festivais de cinema, peças de teatro, óperas e espetáculos de dança. Apesar de ser ao vivo, a AD é roteirizada antes do evento cultural, e cabe ao audiodescritor-locutor acompanhar o tempo real do evento. Por último, AD simultânea também acontece ao vivo, porém sem preparação alguma. Em programas de TV ou noticiários ao vivo, por exemplo, não é possível prever o que será falado ou filmado. Assim, o roteiro não existe e o audiodescritor-locutor terá que ser hábil e rápido o suficiente para descrever imagens que lhe são apresentadas pela primeira vez. Seja pré-gravada, ao vivo ou simultânea, a audiodescrição chega ao público deficiente visual através de fones de ouvido, como os usados na interpretação simultânea, que devem ser disponibilizados nas salas de cinema e teatro. Na televisão, o simples toque na tecla SAP ou MTS faz com que a audiodescrição fique audível para o espectador deficiente visual.Tirinha 5OUÇA AQUI O ÁUDIO DA TIRINHA 5 ou leia em texto logo abaixo.
SUPER NORMAIS – O PODER DA DIFERENÇA.
tirinha de 11/12/2012, em preto e branco, com 3 quadros, tem como cenário uma grande cidade; e dois jovens cadeirantes, uma moça e um rapaz, como personagens. Ela com os cabelos longos e lisos, ele com cabelos curtos.
No quadrinho 1, a frase: Uma linha tênue separa dois mundos, e o desenho de uma folhinha voando com uma linha curva acompanhando seu movimento no ar, sobre calçada onde está uma placa de trânsito, com arranha-céus ao fundo.
No quadrinho 2, a frase: Uma história de amor inacessível…, com destaque para a calçada e a placa de trânsito no meio da grande cidade.
No quadrinho 3, a frase: 20 centímetros evitam o beijo no meio-fio, e o desenho da jovem cadeirante parada na beira da calçada, de perfil, olhando para baixo, na rua, onde está o jovem cadeirante, de frente para ela.
Audiodescrição: VER COM PALAVRAS.
Narração: Marcelo Sanches
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A audiodescrição vem para nos mostrar que independente da deficiência a interpretação acontece e de forma diferenciada pra todos e que a mesma vem para nos trazer um tema que está atualmente fazendo parte das nossas vidas que é a inclusão que deve ser feita de uma forma única, especial.
Podemos utilizar esta tirinha para fazer alguns questionamentos como: a acessibilidade na cena existe?O que poderia ser feito pra que esse beijo pudesse acontecer?

sábado, 19 de outubro de 2013



Jogo Cai não cai
 
Descrição
Garrafa plástica descartável, contas ou material de contagem e varetas. Fazer furos com arame quente de um lado ao outro da garrafa, colorir palitos de churrasco de acordo com o material escolhido para contar, selecionar material para contagem de acordo com as cores das varetas. Para montar o jogo colocam-se as varetas nos furos da garrafa e após, o material para contagem.

Sugestões de como aplicar
Pode ser utilizado individualmente ou em atendimento em dupla, trio ou grupo. Pede-se que o estudante retire uma a uma as varetas sem deixar cair as peças, também pode pedir que tire as varetas por cor e se for no coletivo cada um escolhe sua cor e na sua vez de jogar só pode movimentar suas varetas, tentando não deixar cair suas contas.

Mecanismos da aprendizagem
Com esse jogo podemos explorar: atenção, motricidade, percepção visual, noção de cor e quantidade e memória. Dentre os aspectos explorados temos dois mecanismos que é a atenção e a memória, a atenção no que diz respeito a não deixar suas contas caírem e a memória no caso do professor pedir que as varetas sejam tiradas por cor, exemplo: tira pra mim todas as varetas vermelhas e a partir daí pode se observar se após a primeira a próxima vareta a ser retirada será da mesma.